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      Carta de Milei é “bom gesto”, mas insuficiente para diálogo com Lula

      O presidente argentino Javier Milei enviou a segunda carta ao presidente Lula. Mas suas fortes críticas ao presidente brasileiro ainda marcam a relação.

      Carta de Milei é "bom gesto", mas insuficiente para diálogo com Lula Milei é admirador dos cães. (Foto: Fórum Empresarial de LLao Llao, em Bariloche, na Patagônia).

      O presidente Javier Milei enviou uma carta para seu colega brasileiro através da chanceler argentina Diana Mondino, que, se reuniu, nesta semana, com o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira, no Itamaraty. Foi a segunda carta de Milei para Lula entregue por Mondino ao chanceler do Brasil. A primeira foi no encontro em Brasília, antes da posse de Milei, em dezembro passado e que contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro.

      A segunda carta de Milei foi interpretada no Itamaraty como um "gesto" positivo, mas ainda insuficiente para que seja realizada uma conversa telefônica ou encontro presencial entre os dois presidentes. Nos bastidores do poder, em Brasília, ainda lembram, claramente, os insultos de Milei contra Lula - "sem necessidade" e "fora do palanque", disseram observadores atentos da relação bilateral.

      Milei chamou Lula de "comunista", "corrupto" e "socialista envenenado". Lula, por sua vez, tinha sinalizado sua preferência pela eleição do ex-ministro da Economia, o peronista Sergio Massa.

      A segunda carta não foi o único gesto de Milei nos últimos dias. No encontro com o empresário Elon Musk, na fábrica da Tesla, em Austin, Texas, nos Estados Unidos, o presidente argentino ofereceu ajuda na polêmica entre o bilionário e o Supremo Tribunal Federal (STF). Não ficou claro como Milei conseguiria essa suposta "ajuda".

      Desde a posse de Milei, no dia 10 de dezembro, ele e Lula ainda não se falaram. Um silêncio que completou quatro meses. A expectativa é que os dois se vejam na reunião do G7, em junho, na Itália, se Lula for, ou na reunião do Mercosul, dias depois, em Assunção, no Paraguai.




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      Marcia Carmo

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